O Orçamento de 2026 reservou um valor que permite ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentar o benefício médio do Bolsa Família para cerca de R$ 700.

A projeção, baseada no patamar atual de beneficiários, indica uma folga de R$ 4 bilhões no orçamento do programa. Essa margem possibilitaria um acréscimo de R$ 17,59 no valor médio pago às famílias a partir de janeiro do próximo ano.

Atualmente, o benefício médio pago às famílias é de R$ 683,42. Com o aumento de R$ 17,59, o valor médio passaria a ser de R$ 701,01. Em outubro, o programa atendeu 18,9 milhões de famílias, totalizando um custo anual projetado de R$ 154,6 bilhões. Antes da pandemia de Covid-19, em um período anterior, o valor médio do benefício era de R$ 191,77, pago a 13,2 milhões de famílias.

A margem para o reajuste é resultado direto da redução de beneficiários que estão saindo do programa após a intensificação das revisões cadastrais, que visam retirar pagamentos irregulares.

Além do aumento no valor médio, outra opção para o governo é utilizar a sobra orçamentária para a inclusão de novas famílias no programa social. Em outubro, havia 925 mil famílias em condição de pré-habilitação para ingressar no Bolsa Família.