O empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) foi condenado pela terceira vez pela Justiça Eleitoral de São Paulo e está, oficialmente, inelegível até 2032. A decisão reforça o entendimento de que o ex-candidato cometeu graves irregularidades durante sua campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024, violando princípios da legislação eleitoral e da Lei da Ficha Limpa.

Segundo a nova sentença, Marçal teria cometido abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e captação ilícita de recursos. Parte das infrações está ligada à divulgação de vídeos nas redes sociais, nos quais o empresário oferecia apoio político a candidatos em troca de doações via Pix — prática que o Judiciário considerou como um mecanismo de favorecimento irregular, capaz de comprometer o equilíbrio do processo eleitoral.

O juiz responsável pelo caso destacou que Marçal promoveu candidatos de forma indevida e reiterou comportamentos já identificados em outras duas decisões anteriores, consolidando sua condição de inelegível, mesmo que ainda possa apresentar recursos.

Apesar da crescente sequência de derrotas na Justiça, Pablo Marçal segue se apresentando como pré-candidato para futuras eleições e, em declarações públicas, insiste na narrativa de que está sendo perseguido. “Estou com a consciência tranquila”, afirmou em entrevistas anteriores, negando qualquer irregularidade em sua atuação política.

Com três condenações relacionadas à mesma disputa eleitoral, a trajetória política de Marçal enfrenta agora um cenário de fortes restrições. Ainda que continue buscando espaços de visibilidade e mantenha apoio nas redes sociais, sua presença nas urnas está inviabilizada pelo menos até o próximo ciclo presidencial, em 2032.