O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu, na última quinta-feira (6), aceitar o recurso apresentado pelo coach e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, revertendo a decisão que o havia tornado inelegível por suposto abuso de poder econômico e político nas eleições municipais de 2024.

A decisão foi unânime entre os desembargadores que compõem a Corte Eleitoral paulista. De acordo com o entendimento do tribunal, as provas apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e pelos autores da ação não foram suficientes para sustentar a acusação de que Marçal teria se beneficiado indevidamente de sua influência e recursos financeiros durante a campanha.

Entenda o caso

Durante o pleito de 2024, Pablo Marçal foi acusado de oferecer gravações de vídeos de apoio a candidatos a vereador em troca de pagamentos em dinheiro. A denúncia apontava que ele teria usado sua popularidade nas redes sociais para promover aliados mediante contrapartidas financeiras, o que configuraria abuso de poder econômico.

Em decisão de primeira instância, o TRE-SP havia considerado que as práticas violavam a legislação eleitoral e declarou o ex-candidato inelegível por oito anos. No entanto, a defesa de Marçal recorreu, argumentando que as gravações nunca foram efetivamente produzidas e que não houve comprovação de transações financeiras relacionadas à acusação.