
Pai e filha ficam gravemente feridos após colisão frontal provocada por criminosos em fuga em Rio Branco
Na noite desta sexta-feira (18), um grave acidente de trânsito deixou pai e filha feridos no ramal da Judia, localizado no bairro Belo Jardim I, no segundo distrito de Rio Branco. O episódio, que por si só já causaria comoção, ganhou contornos ainda mais graves ao ser revelado que o veículo causador da colisão era usado por criminosos durante uma tentativa de sequestro.
O acidente ocorreu quando Giliarde da Silva Martins, de 43 anos, conduzia sua motocicleta Honda CB 300 vermelha em direção ao bairro, com a filha de 9 anos na garupa. Ele se dirigia à academia onde a criança praticaria aulas de Taekwondo, quando foi surpreendido por um Chevrolet Corsa Classic branco que invadiu a contramão e colidiu frontalmente com a moto.
O impacto foi violento. A menina foi arremessada a vários metros de distância, caindo gravemente ferida ao lado do pai. Populares acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que enviou duas ambulâncias, incluindo uma de suporte avançado. Os socorristas encontraram pai e filha com múltiplos ferimentos e realizaram os primeiros atendimentos no local.
Giliarde sofreu múltiplas fraturas no braço e perna esquerdos, além de trauma exposto na tíbia e fíbula. Já a filha sofreu fraturas expostas semelhantes, além de escoriações em várias partes do corpo. Ambos foram estabilizados e encaminhados ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde seguem internados em estado clínico considerado estável.
O Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTRAN) foi acionado, isolou a área e realizou os procedimentos de praxe. Durante as diligências, a Polícia Militar descobriu que o carro envolvido no acidente havia sido utilizado por criminosos que sequestraram um garçom e o obrigaram a dirigir sob ameaças.
O veículo foi localizado abandonado no segundo distrito da capital, com a vítima do sequestro trancada e amarrada no porta-malas. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e o automóvel foi recolhido à Delegacia Central de Flagrantes (Defla), onde foram iniciados os procedimentos legais.
O episódio reacende o alerta sobre a atuação de organizações criminosas em Rio Branco e suas consequências diretas para a segurança da população.