O afastamento do pastor André Fernandes, que liderou por sete anos a unidade da Igreja Lagoinha em Alphaville, segue repercutindo entre fiéis e levantando questionamentos sobre sua gestão financeira e conduta ética. A decisão ocorreu após virem a público denúncias de supostos gastos pessoais excessivos e uma suposta dívida milionária atribuída ao religioso, estimada em pelo menos R$ 27 milhões.

Segundo informações divulgadas pelo Portal Metrópoles, Fernandes mantinha um estilo de vida considerado incompatível com o cargo que ocupava na instituição. Entre os pontos mais polêmicos está a suposta compra de um helicóptero avaliado em R$ 4,5 milhões, registrado em nome da igreja. A transação é alvo de contestação judicial.

Além das acusações envolvendo supostas dívidas e gastos, outras práticas adotadas por Fernandes também chamaram atenção. Ele teria criado uma “área VIP” dentro da igreja, cujo acesso era comercializado e condicionado à realização de um curso oferecido por sua própria empresa. O ex-pastor também é suspeito de monetizar ações consideradas incomuns no ambiente religioso, como a venda de kits de batismo e até pipoca na entrada dos cultos.

Essas iniciativas, somadas às denúncias financeiras, teriam intensificado conflitos internos, sobretudo com o pastor André Valadão, uma das principais lideranças da Lagoinha.