Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal (PF) executou mandados de busca e apreensão na residência do ex‑presidente Jair Bolsonaro e no escritório nacional do Partido Liberal (PL), em Brasília. A ação atende à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que também exigiu que Bolsonaro passe a usar tornozeleira eletrônica e fique sob monitoramento 24 horas por dia.
Conforme decisão judicial, Bolsonaro deverá:
Usar tornozeleira eletrônica continuamente; Ter seu passaporte recolhido; Ser monitorado por autoridades judiciais durante todo o dia .
A finalidade declarada pelos ministros do STF é evitar a possibilidade de fuga do país, uma preocupação reforçada por indícios de que Bolsonaro planejava solicitar asilo político ao ex‑presidente dos EUA, Donald Trump.
A temor de uma possível saída do ex‑presidente vem ganhando força nas últimas semanas, com relatos de ministros que teriam monitorado movimentações que indicavam preparação para buscar refúgio político nos Estados Unidos .
As medidas adotadas — que incluem, além da tornozeleira, a retenção do passaporte — são encaradas como cautelares e fazem parte do inquérito sobre supostos crimes contra o Estado Democrático de Direito envolvendo Bolsonaro e aliados.
A operação integra a atuação da PF nos desdobramentos da “Operação Lesa Pátria” — investigação contínua que mira financiadores e participantes de atos golpistas, especialmente o ataque ao Congresso em 8 de janeiro de 2023 . As ações desta manhã deram continuidade à pressão judicial sobre atores ligados aos atos antidemocráticos.
Além disso, o STF tem se mostrado atento ao contexto internacional: autoridades percebem que os EUA, sob o discurso e influências de Trump, podem estar se preparando para conceder asilo, em caso de condenação de Bolsonaro.
PF cumpriu mandados na casa de Bolsonaro e no escritório do PL, em Brasília, nesta sexta. STF determinou uso de tornozeleira eletrônica e monitoramento 24h, além de recolher passaporte. Medidas visam evitar possível fuga do ex‑presidente, motivada por indícios de pedido de asilo político aos EUA. O caso está inserido no contexto da Operação Lesa Pátria, que investiga redes envolvidas em atos golpistas em 2023.
Em fevereiro, o deputado Paulo Pimenta tinha solicitado à PGR e ao STF a aplicação de medidas cautelares idênticas, como o uso de tornozeleira, por receio de que Bolsonaro solicitasse abrigo em embaixadas estrangeiras . Na época, porém, não havia decisão concreta do Judiciário.
Agora, com base em elementos novos e receios institucionais, o Supremo acionou a máquina pública: é a primeira vez que o ex‑presidente terá seu deslocamento pessoal sob vigilância eletrônica obrigatória.
Com a tornozeleira instalada e o passaporte retido, qualquer movimentação atípica de Bolsonaro será imediatamente detectada. Caso ele tente deixar o Brasil sem autorização judicial, pode ocorrer decretação de prisão preventiva por obstrução à Justiça.
