Rio Branco, AC, 21 de novembro de 2024 05:16
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PF deflagra operação contra esquema criminoso que causou prejuízo de R$ 68 milhões

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Nesta sexta-feira, 1º de novembro, a Polícia Federal deflagrou uma operação para desmantelar uma organização criminosa responsável por grilagem de terras públicas na região da Fazenda Palotina, em Lábrea, no Amazonas. Segundo as autoridades, o grupo opera ilegalmente desde 2007, usando documentos falsificados e contando com a colaboração de servidores públicos corruptos e milícias privadas para expulsar e intimidar moradores locais, entre eles comunidades extrativistas que dependem da coleta de castanha para sobreviver.

As investigações indicam que a organização atua de forma agressiva, promovendo desmatamento ilegal e gerando conflitos armados. Frequentemente, moradores e comunidades tradicionais são ameaçados, e a segurança na região se mantém comprometida. O território pertence à União e é protegido por legislações federais que visam conservar os recursos naturais da Amazônia e proteger os direitos das populações locais.

Além da grilagem de terras, o grupo utiliza um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina a agentes públicos para assegurar a posse das terras e garantir proteção armada para suas atividades. “Estamos diante de um complexo esquema criminoso que corrompe tanto o meio ambiente quanto o patrimônio público,” afirmou o delegado responsável pela operação.

Com base nas provas coletadas, a Polícia Federal obteve mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares para interromper as atividades da organização criminosa. As ações visam proteger a integridade das terras públicas e preservar os direitos das comunidades locais, afetadas pela expansão ilegal e pela destruição ambiental.

O prejuízo gerado pelo esquema de grilagem é estimado em mais de R$ 68 milhões, um impacto significativo no patrimônio público. Além do dano econômico, as operações da organização criminosa trouxeram sérias consequências aos direitos humanos e à sustentabilidade ambiental, agravando a vulnerabilidade da região amazônica.

Com informações da Polícia Federal em Rondônia.