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Podendo entrar na mira da justiça por conta de suas emendas, Meire Serafim vota pra impedir que judiciário abra ação contra parlamentares sem votação secreta no congresso

A deputada federal Meire Serafim (União Brasil-AC) está no centro de uma polêmica nacional. Ela aparece em um levantamento divulgado pelo jornal Metrópoles que aponta que R$ 171 milhões em emendas parlamentares foram destinados a municípios administrados por familiares de deputados federais.

No caso de Meire, os dados mostram que ela destinou R$ 12 milhões em emendas à cidade de Sena Madureira até 31 de dezembro de 2024. O município era governado por seu marido, o ex-prefeito Mazinho Serafim (Podemos). Os recursos foram repassados por meio da chamada emenda Pix, modalidade que permite transferências diretas da União para Estados e Municípios sem a necessidade de convênios ou análises técnicas prévias, levantando questionamentos sobre a falta de controle e fiscalização.

A revelação ocorre meses antes da parlamentar ter votado a favor da chamada PEC da Blindagem, que restringe a atuação do Judiciário contra deputados e senadores, exigindo autorização do Congresso para abertura de ações penais, investigações ou prisões.

A postura da deputada acreana gera debates sobre possíveis conflitos de interesse e o enfraquecimento dos mecanismos de controle. Enquanto isso, a proposta ainda aguarda votação em segundo turno na Câmara dos Deputados antes de seguir para o Senado.