A Polícia Civil de Itabira realizou, nesta semana, o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra Thiago Borges, um homem suspeito de induzir a gerente Joycilene Araújo, de 41 anos, a cometer suicídio no estado do Acre. A ação faz parte de uma investigação que apura denúncias de violência patrimonial e psicológica contra mulheres, além da acusação de que Thiago teria sido responsável por uma série de golpes financeiros.
Joycilene faleceu em 17 de novembro, após sofrer uma parada cardíaca causada pela ingestão de comprimidos. Segundo a família da vítima, ela enfrentava uma relação abusiva com o suspeito. Jaqueline Araújo, irmã de Joycilene, e Eduarda, filha da gerente, relataram ao portal G1 que o homem a manipulava para realizar transferências bancárias, chegando a convencê-la a financiar um carro em seu nome. A família estima que o prejuízo total tenha ultrapassado R$ 200 mil.
Durante a operação, comandada pelo inspetor Hélio Santos, a polícia apreendeu o celular de Thiago Borges e o veículo que estava em sua posse. O carro será levado para um pátio credenciado, enquanto o celular passará por perícia. O caso ainda está em andamento e a Regional de Itabira deve se pronunciar oficialmente em breve.
Denúncias da família
De acordo com os familiares, Thiago Borges iniciou as ações de violência patrimonial ao solicitar uma transferência de R$ 3,5 mil para comprar um celular. Posteriormente, ele passou a exigir valores mais altos com frequência, culminando na compra de um veículo financiado. A família acusa o suspeito de explorar emocionalmente a vítima, agravando seu estado psicológico até o trágico desfecho.
Defesa do suspeito
Por meio de mensagens enviadas ao G1, Thiago Borges negou todas as acusações, alegando ser alvo de calúnia e difamação. Sobre o veículo, afirmou que estava pagando as parcelas antes do ocorrido e que planejava entregá-lo voluntariamente à concessionária onde foi adquirido. Ele também declarou que tomará medidas legais para se defender das acusações.
O caso chama atenção para a necessidade de investigar e punir práticas de violência emocional e patrimonial, que muitas vezes precedem situações extremas como essa.
