A Polícia Civil do Acre (PCAC), esclareceu, em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (25), detalhes sobre o assassinato de uma mulher na Cidade do Povo, em Rio Branco. A vítima foi espancada até a morte em via pública após ser suspeita de ter matado a própria filha, que estaria desaparecido há cerca de três semanas.
O crime teria sido uma “disciplina” aplicada por uma facção criminosa e não um linchamento popular, como chegou a ser cogitado inicialmente.
De acordo com o delegado Alcino Júnior, as investigações começaram logo após a disseminação das primeiras notícias sobre o espancamento da vítima. A suspeita inicial era de que a mulher teria sido morta como represália pelo suposto assassinato da filha, cujo corpo teria sido encontrado próximo à residência dela. No entanto, essa informação não se confirmou.
“Foi feita uma análise imediata e constatou-se que não se tratava de ossada humana, mas sim de um animal, provavelmente um cachorro”, disse o delegado.
Outro fato intrigante do caso é que não há registro oficial da criança desaparecida. Segundo a polícia, a bebê, que teria entre dois e três meses de vida, não possuía certidão de nascimento devido a uma incongruência na documentação dos pais. Além disso, não há boletim de ocorrência informando seu desaparecimento.
Segundo a PCAC, mãe — agora morta — chegou a relatar que o pai teria raptado a criança, mas essa informação nunca foi formalizada às autoridades. O homem foi ouvido pela polícia e reafirmou que o filho estava desaparecido, mas ainda não há confirmação do paradeiro da bebê.
O crime ocorreu dentro da casa da vítima, onde ela teria sido rendida e agredida antes de conseguir fugir para a rua. No entanto, foi capturada e espancada até a morte em via pública.
A polícia segue investigando a participação da organização criminosa e busca identificar os responsáveis pelo assassinato. Além disso, a polícia segue em busca de elucidar o desaparecimento da criança que ainda não foi localizada.