A coluna já vem abordando o assunto das capitanias hereditárias do Partido Progressistas (PP), onde grupos tem centralizado o poder público como se fossem donos do erário. Tal ponto também conecta-se com o secretário de educação Aberson Carvalho, que é o presidente da executiva municipal da sigla, que dentro da pasta comandada por ele, entrega o peito, as coxas e o filé de um frango temperado pelo poder público, a familiares dos que o servem.
Aberson pode ser o primeiro secretário da história do Acre a ser alvo de uma grande operação policial, que fará a Ptolomeu parecer cantiga de criança, colocando menores impúberes para dormir. A má utilização, se é que podemos chamar assim, do FUNDEB, um dos maiores recursos federais recebidos pelo Estado, é um dos pontos que pode colocar Carvalho na mira de uma grande investigação com faíscas acesas pela CGU.
Nos próximos dias traremos denúncias sobre a ingerência e incompetência do secretário nos ares de infraestrutura, transporte e alimentação da rede estadual de ensino. Por trás das cortinas, há uma secretaria de educação que clama por mudança, que apelidou Aberson como secretário do pirão, onde só senta na mesa para comer, quem antes aceita experimentar do cinto aveludado e importado do gestor.
Corre à boca miúda que Aberson pretende ser deputado em 2026, usando a secretaria como trampolim político. Usando voto de cabresto? Quem sabe. Isso apenas os próximos verões irão esclarecer, mas claro, se ele conseguir se manter secretário. Por trás das cortinas, há a sombra do pior gestor já visto no Acre.