Uma secretaria acreana que deveria ser sinônimo de acolhimento, empatia e respeito se transformou em um verdadeiro centro de terror psicológico. O que era para ser um espaço de serviço ao público virou palco de abusos, medo e perseguição. Ex-servidores e funcionários ainda na ativa relatam uma rotina sufocante, marcada por assédio moral, ameaças veladas e demissões arbitrárias. Lá dentro, ninguém tem segurança: dorme-se nomeado, mas nunca se sabe se acordará exonerado no Diário Oficial. A qualquer momento, uma ordem repentina pode destruir anos de dedicação, apenas porque alguém ousou discordar ou, pior ainda, desagradou o humor “multipolar” de quem administra a pasta.
E como se não bastasse, a gestão decidiu se isolar de vez. Manter distância dos inferiores. Pois a mais nova aquisição do gabinete foi uma fechadura eletrônica digna de um quartel-general. Nem mesmo a vice-governadora tem tamanha proteção! Enquanto o povo enfrenta dificuldades e os servidores trabalham sob uma pressão insuportável, a chefia se tranca em um bunker, inacessível e indiferente, desde que as câmeras estejam desligadas. A mensagem é clara: diálogo e transparência deram lugar ao autoritarismo e ao descaso. Uma secretaria que deveria acolher se tornou símbolo da frieza, do medo e da falta de respeito pelo próximo.
Enquanto servidores adoecem sob a pressão insustentável, a população, que deveria ser a prioridade, fica em segundo plano. Projetos importantes são engavetados ou jogados de lado, caso não vá gerar repercussão. Demandas urgentes são ignoradas, e o atendimento ao cidadão se torna cada vez mais frio e burocrático. Quem precisa da secretaria sente na pele o desprezo de uma gestão que governa de portas fechadas, distante dos verdadeiros problemas da sociedade. Que finge se importar. Que atua com uma habilidade que deixaria Fernanda Torres, indicada ao Oscar, preocupada. O ambiente, antes pensado para acolher, agora repele, criando barreiras invisíveis entre quem tem o poder e quem precisa dele para garantir direitos básicos.
O que vemos hoje é uma secretaria que perdeu sua essência, deixando de lado sua missão em prol do autoritarismo e do medo. Servidores silenciados, cidadãos desamparados e uma gestão que se esconde atrás de fechaduras e ameaças. Mas até quando isso vai continuar? Até quando o interesse de uma minoria vai se sobrepor ao bem-estar de tantos? O povo merece respeito, e essa realidade não pode ser normalizada. E por fim, cabe a gestão entender que sem servidores, não tem que no mínimo, sirva o seu aquecido café.