×

Últimas

Por trás das cortinas, José Luis Tchê, o secretário que colocou o café acreano no mapa do mundo

O aroma que invade os corredores da Semana Internacional do Café (SIC), o maior evento do setor na América Latina, tem um toque especial neste ano: o café acreano. Grãos produzidos no coração da Amazônia têm encantado especialistas, compradores e baristas de várias partes do mundo. O que até pouco tempo parecia improvável, ver o Acre disputando espaço com grandes potências da cafeicultura nacional, hoje é realidade. E por trás desse avanço há um nome que se destaca: José Luis Tchê, o secretário de Agricultura do Estado do Acre.

Sob a liderança de Tchê, a agropecuária no Acre passou de um estado com produção tímida a protagonista de uma revolução silenciosa no setor cafeeiro. O trabalho realizado nos últimos anos transformou o café acreano em um produto reconhecido pela qualidade, pela sustentabilidade e pela identidade amazônica. Foi com planejamento, incentivo técnico e articulação política que o secretário colocou o café do Acre no mapa mundial da cafeicultura.

De invisível a protagonista

Até pouco tempo atrás, falar em café de qualidade era citar Minas Gerais, Espírito Santo ou São Paulo. O Acre, distante dos grandes centros produtores, era quase invisível nesse cenário. Mas essa realidade começou a mudar quando Luis Tchê assumiu o desafio de fortalecer a cadeia produtiva do café.

Foram anos de investimento em capacitação técnica, modernização das lavouras, apoio a cooperativas e incentivo à pesquisa. O resultado começa a ser colhido agora: produtores acreanos estão não apenas participando, mas sendo destaques na SIC, um evento que reúne os maiores nomes do café no Brasil e no mundo.

“O trabalho que realizamos é coletivo. Cada produtor tem um papel essencial nesse processo. O Acre está mostrando que tem potencial para competir com os melhores cafés do país e do mundo”, disse Tchê durante a feira.

O café acreano conquista o mundo

Na SIC, os grãos acreanos têm chamado a atenção de compradores internacionais que buscam sabores únicos e histórias autênticas por trás de cada xícara. Profissionais como o comprador europeu Peta, por exemplo, se disseram “surpresos” com a qualidade do café produzido em altitudes tão baixas, destacando que “o futuro do café pode estar na Amazônia”.

Essa visibilidade internacional é resultado direto da estratégia adotada por Tchê e sua equipe: posicionar o café do Acre como símbolo de sustentabilidade e inovação. A conexão com mercados estrangeiros foi construída passo a passo, em parcerias com produtores, cooperativas e instituições de fomento.

“Hoje, temos produtores que negociam diretamente com compradores de fora do país. Isso é fruto de um trabalho sério, técnico e de muita persistência”, ressalta o secretário.

Mais que grãos, uma história de transformação

O avanço da cafeicultura no Acre não é apenas econômico, mas social. O setor tem gerado renda, fixado famílias no campo e fortalecido comunidades rurais, especialmente nas regiões de Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul e Xapuri. Pequenos e médios produtores hoje se veem como empreendedores rurais, parte de uma cadeia produtiva que ultrapassa fronteiras.

Além da qualidade, o café acreano carrega um diferencial que encanta quem o conhece: é um café produzido em harmonia com a floresta. Essa identidade amazônica, associada à responsabilidade ambiental, tem se tornado um selo de prestígio para o produto.

Um novo capítulo para o Acre

Enquanto o Acre brilha em Belo Horizonte, Tchê celebra o reconhecimento, mas com os pés no chão. “Ainda há muito a fazer. Nosso compromisso é continuar apoiando o produtor e fortalecendo a economia rural. O Acre tem potencial para ser referência nacional e internacional em café amazônico”, afirma.

Com a confiança do governo estadual e o empenho de centenas de produtores, o Acre vive um momento histórico. O estado que antes era lembrado apenas por sua floresta, agora é também lembrado pelo sabor inconfundível de seu café, um café que nasceu na Amazônia, conquistou o Brasil e começa, agora, a conquistar o mundo.

E se o futuro da cafeicultura brasileira tem novo endereço, ele certamente passa pelo Acre, e pela visão de quem acreditou que era possível transformar grãos em símbolo de orgulho e desenvolvimento para um povo inteiro.