
Por trás das cortinas, parlamentares com mandato fraco demais para serem reeleitos
Por trás das cortinas, diversos parlamentares se enfraqueceram demais para conquistar a tão sonhada reeleição, e continuarem sendo sustentados pelo dinheiro público.

Michelle Melo
Michelle surgiu como um grande nome da política acreana em 2020, quando foi a vereadora mais votada daquele pleito. Médica, apareceu como um símbolo de renovação e mudança. Era pra ser gente cuidando de gente. No entanto, bastou chegar à liderança da Casa Legislativa Estadual, ou melhor, bastou perder o título temporário que possuía, para se enfraquecer politicamente.
O mandato se tornou inexpressivo, especialmente após as mudanças em sua equipe, formada por pessoas que sustentavam seu nome na raça, não apenas por salário, mas por acreditarem em um potencial outrora demonstrado. Hoje, Michelle Melo não é nem sombra do que um dia representou.

Whendy Lima
Filho da 6 de Agosto, Whendy é herdeiro político do ex-vereador N. Lima, que durante anos manteve o nome da família na política acreana. Porém, após a derrota do pai na tentativa de reeleição à Câmara Municipal de Rio Branco em 2024, Whendy, que já pouco aparecia na tribuna, passou a sumir de vez. Foram raras as vezes em que se viu Lima discursar ou apresentar projetos de relevância. O silêncio e a ausência na Casa Legislativa podem ser o prenúncio da aceitação da derrota que, em breve, ele deverá encarar.

Gilberto Lira
Depois da derrota nas eleições municipais de 2024, em Sena Madureira, Gilberto Lira perdeu o pouco de força política que ainda tinha. Os votos que recebeu nas terras do Iaco não vieram por talento próprio ou popularidade, mas pela projeção de outro “líder”. Em Rio Branco, é raramente visto; quase nunca sobe à tribuna. A única esperança que lhe resta para a reeleição é que essas “férias antecipadas” representem, na verdade, um trabalho intenso na região do Juruá, e que ele não esteja apenas aguardando o tempo passar até o fim do mandato.

Marcos Cavalcante
Cavalcante, que caiu de paraquedas furado no mandato, dificilmente deve tentar a reeleição. Suplente do secretário de Agricultura, Luís Tchê, desfila pelos corredores da ALEAC com simpatia forçada, mas apresenta poucos projetos relevantes. Até agora, parece estar junto de Kiefer lambendo as feridas da derrota histórica em Feijó, após perderem a prefeitura do município por alguém que vez ou outra, eles não poupam críticas e piadas.

Chico Viga
Autor do projeto que foi ironicamente apelidado de “Bolsa Modis”, Chico Viga segue discreto na ALEAC, quase como um mineiro, comendo pelas beiradas. É um parlamentar de projetos pouco expressivos, com oratória fraca e base política cada vez mais defasada. Muitos dos aliados que ele acredita ainda controlar já migraram para outros grupos pelas costas do parlamentar, temendo perder o “bico de pão” que os sustenta. Viga vai precisar de muita sorte para conquistar o terceiro mandato consecutivo. Será que o raio cairá no mesmo lugar outra vez?

Adailton Cruz
Adailton Cruz se apresenta como o defensor dos profissionais da saúde, mas, a que custo? Alguém já parou para analisar os benefícios que o seu grupo político obtém? Sua luta classista parece mais uma válvula de escape, usada para fingir que luta pelo povo que o elogia. Nos bastidores, já se descobriu a presença de indicados seus ocupando cargos no governo, mesmo enquanto ele finge fazer oposição. Por trás das cortinas, Adailton é o lobo em pele de cordeiro. E o povo, aos poucos, está percebendo isso.