Rio Branco, AC, 9 de fevereiro de 2025 11:27

Por trás das cortinas

Com Íam Arábar

Por trás
das cortinas

Com Íam Arábar

Por trás das cortinas, PP está com síndrome de cachorro vira-lata se humilhando para Bocalom

Desde que assumiu a prefeitura de Rio Branco, Sebastião Bocalom tem deixado claras suas reais intenções em relação ao Partido Progressistas (PP): nenhuma. Ao relegar o afável Alysson Bestene a um papel secundário, o prefeito fez ao atual vice exatamente o que, em outro momento, Marfiza Galvão já havia experimentado: provar o gosto amargo da ingratidão.

Não é exagero dizer que Sebastião jamais teria alcançado a reeleição no primeiro turno, para seu segundo mandato, sem o apoio direto do PP e de todos os integrantes do grupo partidário. No entanto, Bocalom tem agido conforme previam muitos analistas políticos no Acre: ofereceu ao PP pouco mais do que uma “palma de banana verde”. É pegar ou largar.

Mesmo diante de sucessivas humilhações, o PP parece incapaz de impor sua força política, mantendo-se na posição de líder passivo do último pleito. A “traição” de Bocalom não é apenas um revés, mas também um sinal de alerta precoce. Funciona como uma espécie de “carta de alforria”, liberando os vereadores de futuras obrigações com o atual gestor. Diferentemente do governo estadual, onde alianças e compromissos são mais duradouros, como se vê no caso de Allan Rick – que, mesmo sendo pré-candidato em 2026, mantém uma ampla base de cargos na atual administração –, já gestão municipal parece menos comprometida com parcerias sólidas e alianças outrora fixadas.

Por trás das cortinas, a postura subserviente do PP apenas reforça a ideia de que o partido perdeu a consciência de seu protagonismo. Esqueceu que nunca foi um mero coadjuvante, mas o ator principal no teatro político acreano da nova era.