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Por trás das cortinas, usar salto em uma política de lama faz qualquer Janjo de nariz em pé cair e despencar do Governo do Acre

Por trás das cortinas do poder, surge a figura de Janjo, um apelido atribuído a alguém peculiar dentro da gestão estadual. Trata-se de uma pessoa que acredita ocupar um espaço que jamais lhe foi concedido de fato, vivendo à sombra de um protagonismo que nunca existiu plenamente. Ainda assim, comporta-se como se fosse parte central das engrenagens do poder, como se tivesse a caneta que decide destinos, quando, na realidade, nunca a teve nas mãos.

Janjo se apresenta nos bastidores como um grande articulador, alguém que se impõe a missão de costurar acordos e protagonizar espetáculos políticos que, em sua visão, seriam históricos. O problema é que tais encenações jamais produziram resultados concretos. Mesmo sem qualquer êxito político, mesmo já tendo sido alvo de atenção policial e estando sob investigação do Judiciário, ele desfila com arrogância em um terreno movediço, acreditando-se intocável, ignorando que o excesso de soberba costuma cobrar seu preço.

Lidar com Janjo é enfrentar a imprevisibilidade. Hoje, ele se senta à mesa de negociação como se representasse alguém investido de autoridade real. Amanhã, desfaz acordos pelo simples prazer de mostrar que pode, ainda que não possa. Essa postura revela não força, mas fragilidade, fruto de uma autoestima inflada e desconectada da realidade.

Convencido de ser maior, melhor e mais poderoso do que realmente é, Janjo construiu uma imagem fantasiosa de si mesmo. A contradição se evidencia quando foge de compromissos formais, como audiências, alegando doenças repentinas, numa tentativa clara de evitar o confronto com a Justiça e com as consequências de seus próprios atos.

No fundo, Janjo é alguém que passou a vida observando o poder de perto, mas sempre do lado de fora. Assistiu a familiares ocuparem espaços de destaque enquanto ele permanecia na plateia, contando fileiras, aguardando um momento que nunca chegou. Tentou tocar um poder para o qual nunca teve preparo, competência ou legitimidade para disputar.

Janjo é, acima de tudo, um fenômeno passageiro. Um acontecimento temporário que se sustenta mais na ilusão do que na realidade. A verdadeira tragédia talvez seja o fato de que ele ainda não compreendeu isso.

Por trás das cortinas, Janjo, e o desejo de poder.