De acordo com o dicionário, a palavra “Debate”, vem do verbo “Debater”, onde há uma discussão entre duas ou mais pessoas, com o objetivo de expor e esclarecer opiniões ou ideias divergentes. Teoricamente, os debates são espaços para que grupos ou indivíduos com pontos de vista diferentes possam apresentar os seus argumentos e esclarecer dúvidas, confrontando-se.
Em Rio Branco, capital do acalorado e refém da fumaça, Acre, os debates estão mais enfadonhos que tentar ensinar uma criança brasileira a falar japonês. Cansativos, mornos e sem grandes proposições, os candidatos, em sua maioria, mais usam o tempo de tela para falar de si próprio na terceira pessoa do singular, que confrontar seus opositores.
Jenilson, um excelente médico, deve retornar às consultas, será melhor. Um candidato extremamente inteligente, que vai na lua antes de fazer uma pergunta, e no final, não faz. Marcus Alexandre, um dos, teoricamente, favoritos desta eleição, se esquiva de perguntas afiadas e volta a falar de si, assim como o atual prefeito e candidato a reeleição, Sebastião Bocalom, que já entendeu que os debates não passam de briga de criança por pirulito vencido; não dá em nada. “Cof, cof”, há tosse.
Emerson Jarude, candidato do NOVO, parece ter sido o único que entendeu que um debate é um local de confronto, questionamentos e argumentação contra os que com ele disputam. Afiado, parece que apenas ele pretende esquentar o caldo, mas como em qualquer refeição, só o fogo não faz comida boa. Por trás das cortinas, há a campanha para prefeito mais sem graça que Rio Branco já viu.
Foto: Arinelson Moraes