Após a divulgação de que os lagos da Universidade Federal do Acre (UFAC), estariam recebendo o escoamento de esgoto sem tratamento, a Prefeitura do Campus (PREFCAM) emitiu uma nota de esclarecimento na última segunda-feira (24), para explicar sobre o caso.
Em um vídeo publicado no perfil da Associação dos Docentes da UFAC (ADUFAC), a professora Leila Peters, doutora em ciências, afirmou que existem trabalhos na universidade que podem ser utilizados microorganismos e plantas para serem biorremediadoras no tratamento de esgoto.
“Esse esgoto é lançado no lago aqui da UFAC, e esse processo leva a ocorrer a eutrofização que leva à falta de oxigênio para os seres vivos desse lago”, disse a professora.
Em nota, a PREFCAM afirmou que os esgotos não são jogados dentro dos lagos, e que os Campi da UFAC possuem sistema de tratamento de esgoto.
“Os campi da Ufac possuem sistema de tratamento de esgoto. No Campus Floresta, existe fossa filtro, e no Campus Sede, há lagoa de decantação e estabilização. Portanto, os esgotos não são jogados nos lagos”, diz trecho da nota.
Entretanto, de acordo com o professor doutor Moisés Silveira Lobão, graduado em Engenharia Florestal, o acúmulo de óleo e a presença de plantas aquáticas, mostram que os efluentes que chegam aos lagos estão passando por eutrofização devido ao acúmulo de matéria orgânica.
“A alteração da qualidade da água dos lagos que ficam em frente ao Centro de Excelência, como a presença de lodo e gordura, provam que o sistema não está propiciando tratamento adequado, portanto, cabe a administração superior da UFAC provar que esse esgoto é tratado, pois o acúmulo de óleo e a presença de plantas aquáticas mostram claramente que efluentes que chegam até esses lagos estão sob processo de eutrofização, devido ao acúmulo de matéria orgânica advindo do despejo inadequado de esgoto”, disse.