Após Acrelândia, foi a vez de Brasileia sediar, na última quinta-feira (14), o desafio Jovens que Fazem Diferente, projeto que envolve estudantes do ensino médio que aprendem sobre empreendedorismo na prática, e ao fim, participam de uma competição com empresas criadas do zero durante o projeto e concorrem ao prêmio de R$2,5 mil.
Realizado pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Acre (Federacre), em parceria com a Associação Comercial de Brasiléia e Epitaciolândia, por meio de emenda destinada pelo deputado Jarude, o Jovens que Fazem Diferente tem como objetivo dar oportunidade aos estudantes de aprimorarem suas habilidades em gestão empresarial, marketing, finanças e outras áreas relevantes para que possam gerir de forma eficaz os seus futuros negócios, durante o projeto eles recebem assessoria técnica do Senac e do Sebrae e também consultoria com empresários das áreas que abordaram para aprenderem na prática todo o processo de montagem dos negócios.
No Alto Acre 65 estudantes das escolas Belo Porvir, em Epitaciolândia, e Kairala José Kairala
e Maria das Graças Rocha Rodrigues, em Brasileia, apresentaram 14 projetos de empreendimentos variados.
A equipe do jovem Marcelo Saavedra foi a grande vencedora da competição e levou para casa R$2,5 mil. A proposta é de uma empresa que cria lápis a partir do ouriço da castanha. “O projeto tem como objetivo transformar o ouriço da castanha, um material que frequentemente é descartado após a coleta das castanhas, em um recurso útil e sustentável. O processo inicia com o resgate dos ouriços, que são a casca espinhosa da castanha, normalmente deixados para trás no campo ou descartados. Após a coleta, os ouriços são triturados em pequenos pedaços, o que permite que seu material fibroso seja aproveitado de forma mais eficiente. Nosso objetivo é conectar a sociedade com o meio ambiente”, explicou.
“Antes desse projeto eu não achava que seria possível empreender, era algo que parecia estar fora do meu alcance e hoje, com tudo que aprendi, vejo que é possível fazer isso”, completou Marcelo.
A estudante Kemily Vitória também participou do projeto e mesmo não tendo levado o prêmio para casa, pontuou que o conhecimento adquirido lhe abriu a mente para novas possibilidades. “Muitas pessoas têm medo de empreender e confesso que eu era uma dessas, mas hoje vejo que tenho possibilidades além de uma faculdade ou um concurso, posso ir além de um plano de vida desenhado, podendo abrir as portas para empreender e ser dona do meu próprio negócio”.
O coordenador do Jovens que Fazem Difenrente no Alto Acre, professor Regis Silva, se disse orgulhoso do desempenho dos estudantes no decorrer do projeto e agradeceu Jarude pela emenda destinada.
“Eu estou acostumado a realizar projetos, mas confesso que fico muito feliz em ver a execução de um projeto como esse que oportuniza aos jovens criarem essa mentalidade de empreender, e só tenho a agradecer ao Jarude por ter apadrinhado esse projeto que possibilitou a esses estudantes abrirem a mente. O empreendedorismo é a máquina que vai fazer nosso município, nosso estado evoluir e fazer a diferença no futuro desses jovens”, acrescentou.
O deputado Emerson Jarude fez questão de ir até Brasileia participar da apresentação dos projetos. “Para mim é motivo de muito orgulho ver esse projeto acontecer. Hoje a gente sabe que boa parte das pessoas dependem da máquina pública e nós precisamos dar alternativas para que a população tenha qualidade de vida, tenha um futuro promissor e essas oportunidades estão no empreendedorismo”, afirmou Jarude.
ACEEBRA – O projeto também conta com total apoio das associações comerciais e empresariais de cada município. Em Acrelândia, o presidente Jader Costa foi o responsável pela construção das bases do projeto. Em Brasileia, a presidente Inês Tiziana também esteve no evento ajudando a validar os detalhes.