Projeto “Som da Vida”, de Eduardo Ribeiro, propõe uso da música para fortalecer a saúde mental no Acre
O Acre poderá em breve se tornar referência nacional em educação emocional e cultural com o Projeto de Lei “Som da Vida”, apresentado pelo deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD). A proposta busca integrar a música ao cotidiano escolar e comunitário como ferramenta de autoconhecimento, equilíbrio emocional e fortalecimento dos laços sociais, especialmente entre jovens e adolescentes.
De acordo com o parlamentar, o projeto nasceu da preocupação com o crescente número de jovens que sofrem com ansiedade e instabilidade emocional, fenômenos amplamente associados ao uso excessivo de telas e à hiperconectividade digital.
“A música tem um poder transformador. Ela acalma, aproxima as pessoas e desperta emoções positivas. Queremos resgatar esse valor nas escolas e na vida dos jovens, trazendo de volta a cultura e a sensibilidade através da arte”, destacou o deputado.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2023), um em cada quatro jovens apresenta sintomas emocionais significativos, em parte provocados pela falta de espaços de convivência afetiva e criativa. O projeto “Som da Vida” surge como resposta a esse cenário, propondo ações que utilizam a música não apenas como expressão artística, mas como ferramenta de promoção da saúde mental e da inclusão social.
Baseado em evidências científicas, o projeto se apoia em estudos que comprovam os benefícios da música sobre o cérebro humano. Pesquisas publicadas na revista Frontiers in Psychology (2022) mostram que atividades musicais em grupo reduzem sintomas de ansiedade e depressão, além de estimular a empatia, a cooperação e o autoconhecimento, pilares fundamentais do desenvolvimento emocional.
A proposta também se inspira em experiências bem-sucedidas de países como Finlândia e Noruega, onde programas de educação musical são parte das políticas públicas de formação emocional nas escolas. No contexto acreano, a iniciativa pretende valorizar a identidade amazônica e integrar elementos da cultura indígena, das tradições populares e da música contemporânea, construindo uma metodologia inovadora e inclusiva.
“Queremos que o Som da Vida vá além das salas de aula. Que ele chegue às comunidades, às praças, às igrejas e aos centros culturais, promovendo bem-estar e reforçando o sentimento de pertencimento do nosso povo”, reforçou o parlamentar.
Mais do que um projeto artístico, o Som da Vida representa uma política pública de fortalecimento da cultura e de promoção do bem-estar coletivo, reafirmando o papel da arte como caminho para uma educação integral e para uma sociedade emocionalmente mais saudável.