O brasileiro Ramon Dino fez história ao conquistar o Mr. Olympia, o título mais importante do fisiculturismo mundial. Com anos de dedicação, disciplina e uma rotina de atleta de alta performance, o acreano alcançou o topo da modalidade e se tornou motivo de orgulho nacional.

Mas a vitória também levantou uma reflexão incômoda: por que, no Brasil, até quem vence parece sair perdendo?

O prêmio de Ramon, que deveria simbolizar apenas celebração, revelou outro lado da conquista. Foram cerca de R$ 151 mil em impostos sobre o valor recebido — um número que, por si só, resume a dificuldade de prosperar em um sistema que pouco favorece o sucesso.

Segundo a esposa de Dino, Vitória Viana, a família possui uma conta no exterior e deixaram o valor nos Estados Unidos por já pagarem os impostos do país. 

“Pessoal é simples, só não trazer para cá! Nos temos uma conta lá, foi a melhor opção pois já pagamos os impostos dos EUA, seria burrice trazer a grana pra cá e pagar duas vezes… como estamos sempre viajando, e temos patrocínios de fora, deixamos a grana rendendo lá”, disse Vitória.