Em 2024, Sena Madureira destacou-se como uma das cidades mais poluídas do Brasil, ocupando a segunda posição no ranking nacional, conforme levantamento da plataforma IQAir. A cidade registrou uma média anual de 27,3 microgramas por metro cúbico (µg/m³) de material particulado fino (PM2.5), indicador amplamente utilizado para medir a qualidade do ar.
A poluição atmosférica em Sena Madureira é atribuída principalmente às queimadas e ao desmatamento, práticas comuns na região amazônica. Essas atividades liberam grandes quantidades de partículas finas na atmosfera, comprometendo a qualidade do ar e a saúde da população local. Durante os períodos de seca, a situação se agrava, elevando os níveis de poluição a patamares preocupantes.
As consequências para a saúde pública são significativas. A exposição prolongada a altos níveis de PM2.5 está associada a doenças respiratórias, cardiovasculares e ao aumento da mortalidade prematura. Grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com condições de saúde preexistentes, são os mais afetados.
Para mitigar esse cenário, é essencial implementar políticas públicas eficazes que visem à redução das queimadas e ao manejo sustentável dos recursos naturais. Além disso, investimentos em tecnologias de monitoramento da qualidade do ar e campanhas de conscientização ambiental podem auxiliar na diminuição dos índices de poluição e na promoção da saúde coletiva.
A situação de Sena Madureira serve como um alerta para a necessidade urgente de ações integradas entre governo, sociedade civil e setor privado, visando à preservação ambiental e à melhoria da qualidade de vida no Acre e em toda a Amazônia.
