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Retorno estratégico: Claudia Leitte faz aceno ao Axé em novo álbum após ser acusada de intolerância religiosa

Quatro meses após a polêmica de intolerância religiosa que ofuscou sua imagem e gerou vaias no Carnaval, a cantora Claudia Leitte busca uma reaproximação estratégica com as religiões de matriz africana em seu novo trabalho.

O álbum Especiarias traz referências explícitas “a quem é de axé”, sinalizando um esforço para reverter as acusações de racismo religioso que surgiram após a alteração de uma letra musical em dezembro de 2024.

O desgaste da imagem da artista, evangélica, teve início quando um vídeo viralizou mostrando-a trocando o verso “Saudando a rainha Iemanjá” da canção “Caranguejo” por “Eu canto meu Rei Yeshua” (Jesus em hebraico).

O incidente provocou uma onda de críticas de internautas, artistas e autoridades, culminando em um momento de rejeição por parte dos foliões na abertura do Carnaval de Salvador deste ano.

A tentativa de reconciliação está clara em pelo menos duas faixas de Especiarias. No single “A Chave”, Claudia Leitte canta: “De joelho ou de pé, amém pra quem é de amém, axé pra quem é de axé. Amor acima de tudo e fé, pra tudo, fé”.

Em outra faixa, “Nosso Clichê”, a cantora defende todas as formas de amor, alinhando-se ao propósito declarado de produzir músicas que provoquem transformações.