O prefeito de Rio Branco, Sebastião Bocalom (PL), enfrenta uma grave crise política no início deste ano legislativo. Sem conseguir construir uma base sólida na Câmara Municipal, a gestão do prefeito tem sofrido com a insatisfação crescente dos vereadores, muitos dos quais têm relatado descaso e propostas que consideram desrespeitosas, mesmo após terem contribuído com a administração em momentos críticos.
Segundo fontes ligadas ao Legislativo, a relação entre o Executivo e a Câmara está estremecida. A insatisfação é generalizada, Sebastião Bocalom pode esperar votações contrárias às propostas da prefeitura a partir da primeira sessão ordinária do ano.
Essa crise política não é nova para Bocalom. Em 2020, quando assumiu o comando da capital acreana, ele adotou uma postura confrontadora em relação aos vereadores, o que quase lhe custou o mandato. À época, o prefeito chegou a ser ameaçado de impeachment após uma série de embates com o Legislativo. A situação só foi contornada após mudanças na postura da gestão, que garantiram apoio suficiente para sua permanência no cargo.
Agora, a pergunta que muitos fazem é: Será necessário que Bocalom enfrente uma nova ameaça de impeachment para rever suas estratégias? Com a Câmara demonstrando pouca disposição para diálogo e a gestão sob risco de isolamento político, o prefeito pode estar prestes a enfrentar um novo período de turbulência que pode comprometer os planos do gestor para Rio Branco.
A construção de alianças políticas e o respeito ao Legislativo são vistos como cruciais para que a administração avance. Caso contrário, a cidade pode entrar em um cenário de paralisia administrativa, com prejuízos diretos para a população, devido à dificuldade de dialogar com o prefeito reeleito.
