
Sebastião Bocalom nomeia a própria esposa como Chefe de Gabinete na Prefeitura de Rio Branco
Uma decisão administrativa publicada no Diário Oficial da Prefeitura de Rio Branco, datada de 10 de fevereiro de 2025, está gerando repercussão e dividindo opiniões entre a população e especialistas em gestão pública. O prefeito Sebastião Bocalom (PL) nomeou sua própria esposa, Kelen Rejane Nunes Bocalom, para o cargo de Chefe de Gabinete do prefeito.
De acordo com o decreto nº 524, a nomeação foi respaldada por parecer jurídico que cita o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre casos similares, em especial o Recurso Extraordinário nº 579.591-4/RN. No parecer, consta que cargos de natureza política – como o de Chefe de Gabinete – não estariam sujeitos às mesmas restrições impostas pela Súmula Vinculante nº 13, que proíbe o nepotismo.

A decisão, no entanto, não passou despercebida. Enquanto aliados do prefeito defendem a escolha, argumentando que o cargo é de confiança e exige proximidade com o gestor, críticos apontam para um possível conflito ético e questionam a moralidade do ato. Para muitos, a medida reflete um modelo de gestão que enfraquece os princípios de imparcialidade e meritocracia no serviço público.
Essa não é a primeira vez que a prática de nomear parentes para cargos políticos levanta debates em nível nacional. Apesar de o STF permitir nomeações para funções de natureza política, a controvérsia sobre o impacto dessa prática na gestão pública e na percepção popular persiste.
Em um cenário político em que a transparência e a confiança são fundamentais, o decreto assinado por Tião Bocalom coloca a gestão municipal no centro de um novo embate. A população