Rio Branco, AC, 30 de maio de 2025 14:34
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Secretário faz homenagem sobre o Dia da Indústria, mesmo sem grandes empresas ou muitas multinacionais no Acre

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Neste domingo (26), data em que se celebra o Dia da Indústria, o secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre publicou uma homenagem dedicada aos empresários e trabalhadores do setor industrial local. A mensagem, carregada de otimismo, exalta o papel das indústrias no desenvolvimento do estado e define os industriais acreanos como “heróis de uma revolução silenciosa”.

A fala, no entanto, contrasta com a realidade econômica do estado, que ainda enfrenta sérias limitações no setor industrial. O Acre não abriga grandes empresas, multinacionais ou parques industriais consolidados que gerem emprego e renda em larga escala. Apesar dos avanços pontuais, o estado segue com uma matriz econômica concentrada em atividades primárias e dependente de repasses federais, sem a presença de um polo industrial robusto.

No texto, o secretário destaca os desafios enfrentados por quem tenta empreender na região, como a distância dos grandes centros consumidores, as exigências ambientais, a escassez de matéria-prima e a infraestrutura precária. Ainda assim, afirma que o setor tem avançado, ampliando negócios e alcançando mercados nacionais e internacionais.

“A cada nova fábrica, a cada linha de produção que se moderniza, celebramos um avanço coletivo”, declarou o secretário, mesmo diante da constatação de que poucos empreendimentos industriais de médio ou grande porte se instalaram no Acre nos últimos anos.

A fala também aponta que “temos sim o que comemorar”, defendendo que há investimentos sendo feitos em “grande escala”. No entanto, para muitos analistas e observadores da economia local, a ausência de uma política industrial efetiva, somada à falta de incentivos fiscais atrativos, ainda impede que o Acre se destaque como um estado industrializado.

A homenagem, embora simbólica, chama atenção para a distância entre o discurso oficial e os indicadores concretos do setor, e reacende o debate sobre o que é necessário para transformar o Acre em um território verdadeiramente industrial.