O Governo do Estado do Acre declarou situação de emergência em saúde pública diante do expressivo aumento de casos graves de síndromes respiratórias agudas, principalmente entre crianças. A medida foi tomada devido à superlotação dos leitos de UTI pediátrica e à circulação intensa de vírus respiratórios em diversas regiões do estado.
Com o sistema de saúde sob forte pressão, a Secretaria de Estado de Saúde (SESACRE) reforça o apelo à população: “NÃO VÁ”. A recomendação é para que se evite expor crianças pequenas a situações de risco, como ambientes fechados e aglomerações.
Entre os principais fatores que motivaram o decreto estão a superlotação dos leitos de UTI pediátrica, com casos graves concentrados em Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Brasileia. A situação se agravou com a circulação simultânea de vários vírus: Vírus Sincicial Respiratório (VSR), rinovírus, influenza A e B e SARS-CoV-2, causador da Covid-19. Diante disso, o governo está ampliando a oferta de leitos pediátricos tanto na capital quanto no interior, com o objetivo de garantir o atendimento adequado às crianças.
A bronquiolite, uma das doenças respiratórias mais preocupantes nesse cenário, é uma infecção que atinge os bronquíolos — pequenas vias aéreas nos pulmões — e afeta especialmente os bebês e crianças pequenas. Os sintomas mais comuns incluem tosse persistente, febre, chiado no peito, respiração rápida ou com esforço, recusa para se alimentar, sonolência excessiva e diminuição na produção de urina. Esses sinais devem acender um alerta para os pais e responsáveis.
Para ajudar na prevenção, a SESACRE orienta a população a evitar aglomerações com crianças pequenas, fazer lavagem nasal com soro fisiológico, manter os ambientes bem ventilados, lavar as mãos com frequência, não levar crianças para locais fechados ou cheios e manter a vacinação em dia. Essas medidas simples podem evitar complicações graves e reduzir a pressão sobre os serviços de saúde.
Aos que pretendem visitar um recém-nascido, os cuidados devem ser redobrados. Não se deve fazer visitas se estiver com qualquer sintoma gripal. É fundamental lavar bem as mãos antes de tocar no bebê, usar máscara sempre que possível, limitar o tempo de permanência e evitar beijar o rosto ou as mãos da criança. São ações importantes para proteger a saúde dos pequenos, que são mais vulneráveis a infecções respiratórias.
Caso a criança apresente sintomas leves, como coriza, febre baixa ou tosse leve, mas esteja ativa e se alimentando bem, os pais devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS). Em situações moderadas, como febre persistente, tosse intensa, respiração acelerada, chiado no peito, sinais de cansaço ou irritação, é indicado levar a criança a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Já nos casos graves, quando houver dificuldade para respirar, lábios ou extremidades arroxeadas apatia ou recusa total de alimentos é fundamental procurar imediatamente o Pronto-Socorro ou Unidade Mista.