O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) acolheu uma denúncia contra a gerência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito, mas sem comprovar a autenticidade das assinaturas que embasam a manifestação de insatisfação.
Apesar de a denúncia envolver profissionais que recebem recursos públicos, o que tornaria legítima a transparência no processo, o sindicato não divulgou o documento e nem confirmou se os signatários são exclusivamente médicos ou se há participação de outros profissionais de saúde. Também não há provas públicas de que este documento exista e seja real.
Diante da falta de clareza, a reportagem tentou contato com a presidência do Sindmed-AC para esclarecer os critérios adotados na denúncia e a verificação das assinaturas. No entanto, nenhuma resposta foi dada aos questionamentos até o fechamento desta matéria.
A postura do Sindmed-AC ao acolher a denúncia sem divulgar a autenticidade das assinaturas causa estranheza e levanta questionamentos sobre a real motivação da entidade. A falta de transparência nesse processo abre margem para dúvidas sobre a real representatividade do documento e se ele reflete, de fato, o pensamento dos médicos da unidade.
Além disso, ao se evitar prestar esclarecimentos sobre a denúncia, o sindicato deixa no ar a impressão de que há um interesse particular ou político por trás do movimento. Se a intenção fosse apenas defender melhores condições de trabalho e atendimento, a transparência deveria ser prioridade. No entanto, ao manter o sigilo sobre as assinaturas e ignorar os questionamentos, o Sindmed-AC passa a impressão de que age seletivamente, sem garantir que a denúncia tenha respaldo real da classe médica.