
STF julga Bolsonaro no mesmo 11 de setembro que marcou a história com os ataques às Torres Gêmeas
Nesta quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete aliados acusados de integrar uma organização criminosa que tentou um golpe contra o Estado”.
Já votaram pela condenação Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia, enquanto Luiz Fux divergiu parcialmente, absolvendo Bolsonaro e a maioria dos réus, mas condenando Mauro Cid e Walter Braga Netto por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A coincidência de datas traz à memória outro 11 de setembro marcante: os ataques terroristas de 2001 às Torres Gêmeas, em Nova York, que deixaram quase 3 mil mortos e abalaram o coração do poder norte-americano. Se nos EUA o alvo foi a estrutura física e simbólica da nação, no Brasil, segundo a acusação, a tentativa foi de corroer as instituições por dentro, enfraquecendo a democracia.
O paralelo evidencia como ataques — sejam externos ou internos — mobilizam respostas firmes dos Estados. Após o 11 de setembro, os EUA aprovaram leis de vigilância, endureceram a segurança interna e lançaram a chamada “Guerra ao Terror”. No caso brasileiro, a decisão do STF é vista como uma resposta institucional para conter ameaças de ruptura e reforçar o compromisso com a ordem democrática.
Foto: AFP