
TJAC realiza roda de conversa para mulheres em situação de vulnerabilidade
Ação ocorreu no Palácio da Justiça para proporcionar um espaço seguro para que as mulheres moradoras de rua compartilhem suas experiências, desafios e necessidades.
M.S. tem 36 anos de idade e deixou sua casa aos 13. Na adolescência, já se reconhecia como transexual e, devido ao conflito com o gênero designado ao seu sexo biológico e à falta de aceitação por parte da família, foi forçada a abandonar o lar e viver nas ruas. Foi nesse ambiente que entrou em contato com o alcoolismo e enfrentou a sexualidade precoce. Hoje, ela tenta se libertar do vício.
Esses e outros relatos foram compartilhados durante a Roda de Conversa ‘Mulheres – PopRua’, realizada no Palácio da Justiça, pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). O evento fez parte de uma edição limitada do Projeto Cidadão, destinado para mulheres em vulnerabilidade, e terminou com resultados grandiosos, ou seja, diversos encaminhamentos de casos para outras instituições que estavam representadas por seus responsáveis.
Estiveram pretendentes a presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari; que conduziu a atividade, a desembargadora aposentada Eva Evangelista; a presidente do TCE, conselheira Dulce Benício; a vice-presidente da OAB, Thais Moura; as Defensoras Públicas Gerais, Juliana Marques e Simone Santiago; a comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marta Renata; a coordenadora do GMF e membro do Comitê Pop Rua, juíza de DireitoAndrea Brito; o coordenador do Comitê Pop Rua, juiz de Direito Giordane Dourado; o presidente da Associação dos Magistrados do Acre (ASMAC), juiz de Direito Gilberto Matos, e a secretária adjunta de Assistência Social do Acre, Amanda Vasconcelos.
Ao iniciar o evento, a desembargadora-presidente explicou que a ação visa proporcionar um espaço seguro para que as mulheres moradoras de rua compartilhem suas experiências, desafios e necessidades, para que as autoridades possam compreender melhor a realidade das ruas e identificar soluções mais eficazes para a inclusão social e proteção dos direitos dessa população.
“Esse contato é importante porque nos preocupamos com essa população em vulnerabilidade. A troca de informações e a escuta ativa contribuem para a construção de políticas públicas mais sensíveis e alinhadas com as realidades dessas mulheres”, disse.
Fonte assessoria TJAC. Foto: Elisson Magalhães