O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (18) uma ordem executiva que altera a classificação federal da maconha, atualmente enquadrada como droga de Classe I a mesma categoria da heroína para Classe III, ao lado de substâncias como a cetamina. A decisão representa uma mudança significativa na política antidrogas do país, mas não legaliza a substância em nível federal.

A medida tem como objetivo flexibilizar as restrições à pesquisa médica envolvendo a cannabis e permitir a criação de um programa piloto de reembolso de produtos à base de CBD pelo Medicare, sistema de saúde voltado a idosos e pessoas com deficiência. Segundo a Casa Branca, a iniciativa busca ampliar o acesso a tratamentos alternativos, desde que prescritos e regulamentados.

Apesar do impacto simbólico e político, a ordem executiva não autoriza o uso recreativo da maconha nem altera as leis estaduais já existentes. Atualmente, dezenas de estados norte-americanos permitem o uso medicinal da cannabis, e parte deles também autoriza o uso recreativo, mas a droga segue ilegal sob a legislação federal.

Especialistas apontam que a reclassificação pode reduzir barreiras burocráticas, facilitar estudos científicos e impulsionar o setor de cannabis medicinal, além de aliviar pressões sobre o sistema judicial. Críticos, no entanto, alertam para possíveis conflitos regulatórios e questionam os efeitos da medida no combate às drogas.