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UNESP desenvolve teste rápido para metanol, mas falta de interesse da indústria impede comercialização

Cientistas do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, desenvolveram em 2022 um método rápido e acessível para identificar a presença de metanol e outras adulterações em bebidas alcoólicas.

Embora o país enfrente um aumento de casos de intoxicação pela substância, a técnica, patenteada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), ainda não foi comercializada por falta de interesse da indústria.

O processo, que pode ser aplicado em destilados como cachaça, vodca e uísque, bem como em gasolina e etanol, não exige mão de obra especializada nem laboratórios equipados. Segundo a autora principal, Larissa Modesto, a tecnologia poderia beneficiar bares, eventos e consumidores, garantindo a segurança dos produtos.

A técnica funciona em duas etapas simples, levando cerca de 15 minutos para ser concluída. A presença de metanol é identificada pela mudança de cor da solução após a adição de um sal e um ácido. A cor final indica o nível de concentração da substância, variando de verde (sem metanol significativo) a azul-marinho (alta concentração).

A Unesp informou que, recentemente, alguns estabelecimentos começaram a demonstrar interesse, mas a produção em larga escala ainda depende de empresas que desejem fabricar o produto