A cidade de Assis Brasil enfrenta uma reviravolta política após decisão da Justiça Eleitoral da 6ª Zona, em Brasileia, que cassou os diplomas de vereadores e suplentes de três partidos – MDB, PSD e PP – e ainda tornou inelegíveis dirigentes partidários envolvidos em fraude à cota de gênero nas eleições municipais de 2024.

Entre os atingidos pela decisão está o prefeito reeleito Jerry Correia Marinho (PP), que, ao lado de Gerineudo Galdino de Araújo (PSD) e Francisco Monteiro Bezerra Júnior (MDB), dirigentes de suas siglas, ficará inelegível por oito anos. As candidatas Maria Aparecida Pimentel Souza (PP) e Francisca Delzirlandia Dimas Pinheiro (PSD) também foram punidas.

A sentença foi proferida pelo juiz José Leite de Paula Neto, após investigação que comprovou que os três partidos registraram candidaturas femininas fictícias apenas para cumprir formalmente a exigência legal de no mínimo 30% de mulheres nas chapas proporcionais. O magistrado ressaltou que a prática já é repudiada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As irregularidades ficaram evidentes em casos como o de Ione Ferreira Barros (MDB), que recebeu apenas seis votos e apresentou contas zeradas. Já Francisca Delzirlandia declarou R$ 10 mil de recursos públicos e terminou com apenas dois votos. O mesmo ocorreu com Maria Aparecida, que movimentou R$ 14,4 mil do fundo eleitoral e também obteve dois votos.

Com a decisão, perderam os mandatos os vereadores Francisco Furtado de Moura (MDB), Gilson da Costa Dias (PSD), Juraci Pacheco de Moraes, Wendell Gonçalves Marques e Antonia Alves Pereira Cavalcante (todos do PP).

O juiz ainda determinou a anulação de todos os votos recebidos pelos três partidos para o cargo de vereador e ordenou a retotalização dos resultados.