O secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, em entrevista ao Alerta Cidade destacou nesta quinta-feira, 19, que a ampliação da vacinação foi determinante para a redução significativa dos casos graves e óbitos por COVID-19 no estado nos últimos dois anos. A declaração foi feita após a apresentação do boletim epidemiológico referente à semana 50 de 2024, elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde (SESACRE).
Desde o início da pandemia, o Acre registrou 403.263 notificações de COVID-19, das quais 169.893 foram confirmadas, resultando em 2.085 óbitos. Em 2024, até a 50ª semana epidemiológica, foram confirmados 2.410 novos casos e 13 mortes, números que refletem uma tendência de queda desde 2023.
Destaques do boletim COVID-19
• Incidência: Em 2024, a incidência acumulada foi de 269,4 casos por 100 mil habitantes, com maior concentração em Assis Brasil, Cruzeiro do Sul e Rio Branco.
• Faixa etária e gênero: A maioria dos casos confirmados ocorre entre mulheres de 30 a 39 anos (63,6%), enquanto, entre os homens, a faixa mais afetada é de 40 a 49 anos.
• Óbitos: A maior parte das mortes foi registrada entre pessoas acima de 60 anos, principalmente homens, sendo 68,9% delas relacionadas a comorbidades. O município de Bujari apresentou os maiores índices de mortalidade e letalidade.
Avanços no controle da COVID-19
Pedro Pascoal enfatizou que os dados genômicos confirmam a predominância de sublinhagens da variante Ômicron, mas que a alta cobertura vacinal tem sido crucial para limitar os impactos da doença. “O sequenciamento genético reforça nossa vigilância, e a adesão à vacinação tem protegido as populações mais vulneráveis, reduzindo a gravidade dos casos e as hospitalizações”, afirmou o secretário.
De acordo com o boletim, as amostras genômicas analisadas no Acre demonstraram alta identidade com a estrutura típica do SARS-CoV-2, com a presença de sublinhagens Ômicron como JN.1.1 e XDR, entre outras.
Perspectivas para 2025
Apesar da melhora nos indicadores, o secretário alertou que a vigilância precisa ser mantida. “Continuamos trabalhando para vacinar mais pessoas e reforçar as medidas de prevenção, especialmente para proteger os grupos mais vulneráveis. A pandemia nos ensinou que a saúde pública deve estar sempre em alerta”, concluiu.
A Sesacre segue monitorando a situação epidemiológica e reforçando campanhas para a vacinação e a prevenção de novos surtos, especialmente nas cidades com maior incidência de casos.