Rio Branco, AC, 19 de setembro de 2024 06:49
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Vítima de assédio sexual por motorista de aplicativo diz estar aflita por duvidarem da palavra dela, e mostra prints que desmentem o homem

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Nas últimas 24 horas Rio Branco moveu-se acerca de uma situação um tanto quanto perturbadora. Um motorista de aplicativo que não será identificado nesta matéria, foi denunciado por uma jovem após esta relatar que este a teria assediado, causando pânico na mulher que temeu por sua própria vida.

De acordo com o Código Penal (art. 216-A), o assédio sexual é o crime de “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”.

A equipe do Alerta Cidade procurou a vítima desta situação, que preferiu não se identificar por receio do que pode vir a acontecer, já que ela nunca se viu em meio a uma situação como esta. Crises de ansiedade, choro e pânico, a acompanham neste momento.

“O motorista me agrediu verbalmente, me prendeu em uma rua escura, me ameaçou de jogar em uma ponte de madeira onde passa um rio embaixo, segurou minhas pernas me impossibilitado de sair do carro, ao gritar e me espernear muito consegui destravar a porta naquele pontinho próximo ao vidro, então consegui sair e ele seguiu.” Pontuou a vítima.

A corrida aconteceu no dia 12 de junho, no período noturno. No entanto, algo chamou a atenção. Por meio de prints encaminhados a esta redação, é possível perceber que há uma discordância entre o que afirma o motorista, ao se defender, e a vítima. Este usa um comprovante de pagamento no valor de R$ 9 para sustentar sua defesa, no entanto, a vítima apresentou o registro da própria plataforma de transporte, onde é possível ver que o valor da corrida foi de R$ 10,97, e que a jovem pagou R$ 11, para não descontar 3 centavos. Esta situação levantou ainda mais suspeitas sobre a conduta do suposto autor do crime.

Ainda na noite do ocorrido, a vítima procurou uma delegacia mais próxima e formalizou denúncia contra o motorista. Além de também fazer o registro no formato on-line, a fim de garantir a eficácia do exercício da justiça.

Além do mais, a vítima também reportou o motorista na plataforma de transporte, para garantir que o homem não tenha a oportunidade de repetir o ato com outras mulheres.

Nas redes sociais, um debate intenso trás à tona a invalidação constante da palavra da mulher, que em uma sociedade majoritariamente administrada por homens, tem suas falas desconstruídas e muitas das vezes, jogadas ao vento. A mulher, no Brasil, muitas vezes, é violentada até depois da violência propriamente dita.