Zumbi vive na memória: Brasil celebra o Dia da Consciência Negra com reflexões e mobilizações
O Brasil marca nesta quarta-feira, 20 de novembro, mais um Dia da Consciência Negra, data que ganha relevância crescente ao promover debates sobre igualdade racial, reconhecimento histórico e valorização da cultura afro-brasileira. Em diversas cidades, a programação inclui atos públicos, eventos culturais, seminários e iniciativas voltadas a discutir o impacto do racismo estrutural no país.
Instituído em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo da história brasileira e símbolo de resistência, o dia lembra sua morte em 1695 e reforça a importância de revisitar o passado para compreender os desafios do presente.
Capitais e cidades do interior realizam, desde as primeiras horas da manhã, caminhadas, apresentações artísticas e debates sobre a participação da população negra na construção do país. Em muitos locais, o 20 de novembro também é feriado, o que amplia a adesão às atividades.
Nas redes sociais, a data impulsiona discussões sobre racismo, representatividade e políticas públicas. Organizações da sociedade civil destacam que, apesar de avanços, a população negra ainda enfrenta desigualdades expressivas em renda, moradia, educação e acesso ao mercado de trabalho.
A influência africana, presente na música, na gastronomia, na religião e nas artes, ocupa o centro das celebrações. Roda de capoeira, samba de roda, cortejos, exposições e feiras de economia criativa dão o tom das atividades. Em instituições de ensino, a data reforça a aplicação da Lei 10.639/2003, que determina o ensino de história e cultura afro-brasileira.
Educadores afirmam que ampliar o conhecimento sobre essas raízes é fundamental para combater estereótipos e construir uma sociedade mais plural e consciente.