As ameaças foram proferidas em grupos virtuais onde a decisão judicial foi amplamente discutida
Especialistas apontam que os administradores dos grupos podem ser responsabilizados pelas mensagens postadas, caso seja constatado que não tomaram medidas para moderar ou evitar o conteúdo ofensivo e criminoso.
Segundo o ordenamento jurídico brasileiro, o administrador de um grupo pode ser enquadrado como corresponsável em situações de discursos de ódio, ameaças ou incentivo à violência, especialmente se omitir-se diante das condutas ilegais. Isso será avaliado no decorrer das investigações.
Motoristas de aplicativos de moto solicitaram uma liminar para regularizar a atividade, mas o pedido foi negado. A decisão gerou insatisfação em parte da categoria, levando a ataques verbais e ameaças diretas às autoridades.
O superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, também foi alvo das intimidações, uma vez que o órgão é responsável pela fiscalização e regulação do transporte na cidade.
A Polícia Civil informou que está realizando diligências para identificar os envolvidos nas ameaças e, se necessário, acionará a Justiça para punir os responsáveis, incluindo os autores diretos das mensagens e, possivelmente, os administradores dos grupos.
A juíza e o superintendente receberam reforço na segurança, e as autoridades reforçaram que não serão toleradas ações que atentem contra a integridade de agentes públicos ou tentem intimidar o exercício de suas funções.
A controvérsia sobre o funcionamento dos motoubers em Rio Branco já vinha gerando debates entre trabalhadores e autoridades. A recente decisão judicial intensificou os ânimos e trouxe à tona questões sobre segurança pública e regulamentação de atividades de transporte alternativo.
A Polícia Civil reafirmou que qualquer ameaça contra autoridades será tratada com rigor e que o caso segue sob investigação.