Em 2006, o prefeito atual de Rio Branco, Sebastião Bocalom (PP) apresentou ao Acre um projeto ambicioso chamado “Produzir para Empregar”. A proposta, com a intenção de impulsionar o desenvolvimento da região, tornou-se uma constante nas campanhas eleitorais de 2010, 2012, 2014 e 2020 de Bocalom. Contudo, após três anos à frente da prefeitura, torna-se evidente que as promessas feitas não passaram de retórica vazia, e o projeto, ao que parece, tornou-se um retumbante fracasso.
Durante suas campanhas, Bocalom insistia que o “Produzir para Empregar” seria o catalisador do desenvolvimento, assegurando aos habitantes de Rio Branco que teriam à mesa produtos cultivados localmente, como arroz, feijão e milho, provenientes da zona rural da cidade.
Em uma entrevista com o jornalista Luciano Tavares, Bocalom garantiu que até janeiro de 2023, os cidadãos de Rio Branco estariam desfrutando dos resultados do projeto. Infelizmente, essa promessa não se concretizou, e agora, em 2024, é evidente que nem mesmo os agricultores familiares, responsáveis pela produção de folhagens, foram beneficiados com melhorias nos ramais, assistência técnica ou qualquer suporte prometido.
O fracasso do “Produzir para Empregar” não pode ser ignorado. Os riobranquenses estão buscando alternativas de emprego em lugares distantes como Santa Catarina e João Pessoa. Segundo dados do IBGE, quase 70 mil pessoas já deixaram Rio Branco em busca de oportunidades de emprego.
A falta de resultados tangíveis expõe a ineficácia e a falta de comprometimento do prefeito com as promessas feitas à população. A ausência de avanços na infraestrutura dos ramais e na prestação de assistência técnica prejudica diretamente os agricultores, que continuam a lutar sem o suporte necessário para prosperar em suas atividades.
Diante desse cenário, surge a pergunta inevitável: o que Sebastião Bocalom tem a dizer sobre esse fracasso? A população de Rio Branco merece uma explicação convincente, elucidando os motivos pelos quais as expectativas foram frustradas e porquê o projeto “Produzir para Empregar” fracassou.