Nas últimas semanas três pessoas morreram e outras oito foram internadas em hospitais nas cidades de São Paulo, Limeira (SP) e Bragança Paulista (SP), após consumirem bebida alcoólica adulterada com metanol.

Os casos foram registrados em um período de menos de 18 dias, entre 1º e 18 de setembro, levantando um alerta sobre a intoxicação por essa substância tóxica e de difícil identificação.

Os pacientes apresentaram sintomas como náusea, vômito, cólica e confusão mental.
As investigações apontam que a intoxicação ocorreu após a ingestão da bebida adulterada. Um dos sintomas graves relatados por uma vítima que sobreviveu e consumiu a bebida em um bar em São Paulo foi a perda completa da visão após complicações que incluíram convulsões e internação em UTI.

O metanol (CH₃OH) é um tipo de álcool simples, incolor e altamente tóxico, com cheiro similar ao da bebida alcoólica comum. Ele possui diversas aplicações industriais legítimas, como na produção de formaldeído, tintas, solventes e biodiesel, mas é altamente tóxico em concentrações elevadas e não deve ser comercializado para consumo humano.

Especialistas alertam que a ingestão, inalação ou contato prolongado com metanol pode causar tontura, cegueira e até a morte, sendo que pequenas quantidades já são suficientes para provocar intoxicação grave.

Os primeiros sinais de intoxicação podem se assemelhar a uma embriaguez ou ressaca comum, mas é crucial buscar atendimento médico imediato, pois o tratamento rápido em ambiente hospitalar é imprescindível para evitar lesões graves.

O tratamento pode incluir medicamentos e até o uso de álcool comum (etanol) como antídoto, administrado de forma controlada para inibir a metabolização do metanol, mas a rapidez no socorro é fundamental.