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Polícia Civil conclui que motorista da Ranger vermelha foi responsável por acidente na Via Verde que deixou três pessoas mortas 

O delegado Karlesso Nespoli, responsável pela investigação do grave acidente ocorrido em abril na Via Verde, em Rio Branco, afirmou que as apurações indicam que o motorista da caminhonete envolvida, Talysson da Silva Duarte, de 27 anos, foi o responsável pela tragédia que deixou três pessoas mortas e outras feridas. O caso, que ainda não teve desfecho judicial, é acompanhado com expectativa por familiares e amigos das vítimas, que cobram justiça.

O acidente aconteceu em 17 de abril, quando a caminhonete Ford Ranger vermelha conduzida por Talysson trafegava no sentido Segundo Distrito. De acordo com testemunhas, o veículo teria aquaplanado na pista molhada, fazendo com que o motorista perdesse o controle da direção, invadisse a pista contrária e atingisse três motocicletas, além de colidir com uma caminhonete Amarok branca.

A colisão resultou na morte do técnico em vigilância eletrônica Macio Pinheiro da Silva, de 45 anos, que morreu no local. Seu corpo e a motocicleta foram arremessados a cerca de 50 metros do ponto do impacto. Outras duas vítimas, Carpegiane de Freitas Lopes, de 45 anos, e Fábio Farias de Lima, de 33 anos, que também trabalhavam com Macio em uma empresa de segurança eletrônica, não resistiram aos ferimentos e morreram posteriormente. Fábio foi lançado para fora da pista e encontrado em uma área de mata às margens da rodovia.

Outra vítima do acidente, Raiane Xavier Lima Verde, de 30 anos, sobreviveu, mas sofreu ferimentos. Ela havia acabado de deixar o filho na escola militar e estava a caminho de casa quando foi atingida.

Segundo o delegado, a investigação foi concluída com base em depoimentos, imagens e perícias técnicas. “Nós concluímos que realmente ele causou esse acidente de uma maneira imprudente e foi indiciado pelo crime de homicídio culposo na condição de veículo automotor. Concluído o inquérito, é justiça, não cabe mais a nós”, disse Nespoli. 

O delegado destacou, porém, que a legislação prevê pena máxima de cinco anos para o crime e, em muitos casos, a punição não resulta em prisão. “Então existem outras medidas que ao longo dos anos a lei foi abrandando e também não cabe a nós, infelizmente. A gente fica frustrado, não só por este tipo de crime, outros crimes também que a gente apura na delegacia”, disse o delegado.