Na última quarta-feira, 29, Alexandre Nascimento, após ser alvo de diversas acusações por parte dos servidores da Polícia Penal (PP) do Acre, pediu exoneração do cargo que ocupava de presidente do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN). No ato, o governo do Estado optou pelo diretor Operacional da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), delegado de Polícia Civil Marcos Frank Costa e Silva, para responder interinamente pela Presidência da autarquia.
Após a nomeação do delegado, manifestos públicos tomaram conta das redes sociais, indo contra a decisão do governo do Acre. Muitos acreditam que Marcos Frank, embora exímio profissional, não é o adequado para presidir o IAPEN por não ter vivência prática da realidade administrativa da instituição, e que não possui as competências técnicas necessárias para fazer o instituto trabalhar da melhor forma possível.
“Esse é um assunto delicado pois coloca a vida de muitos pais e mães de família em jogo. O que está implícito é pior do que foi explícito e é isso que combato. Nossa categoria é capaz e preparada, e não permito que governo nenhum diga o contrário”, disse um agente ao discordar da nomeação do delegado, em suas redes sociais.
Na manhã desta terça-feira, 04, o Deputado Estadual Arlenilson Cunha (PL), foi enfático ao se posicionar contra a nomeação de Marcos Frank como presidente do IAPEN. “Aqui cabe discussão porque tem o IAPEN. Temos a lei orgânica 392, então cabe discussão jurídica o dia todo aqui. Vamos precisar de uma semana pra discutir. Mas quando nós temos um Policial Penal que foi nomeado em 2019, que fez um trabalho que nós avançamos o sistema prisional. E aqui eu quero dizer que não tenho nada contra o delegado, pelo contrário. É um profissional de nível elevado de profissionalismo, mas será se nós não temos um Policial Penal em um universo de 1208, de Rio Branco a Cruzeiro do Sul? Com todo o respeito ao Delegado de Polícia Civil, mas quem conhece do sistema prisional é quem está lá dentro.” Pontuou o parlamentar.
Arlenilson Cunha, ex-presidente do IAPEN, defende que um agente se torne o próximo a presidir a instituição, por questão de ordenamento jurídico.
